Como você já sabe, cachorros são como filhos, são um compromisso a longo prazo e infelizmente muitos casais podem não resistir a ação do tempo e na hora da separação surge mais uma discussão… Quem cuidará do filho peludo? Onde ele irá morar? Existe guarda compartilhada de cachorro? Vem comigo, vou contar tudinho para você.

Existe proteção legal para guarda compartilhada de cachorro?

Pois bem, em 2018 começou a tramitar um Projeto de Lei na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que preve e regulamenta a guarda compartilhada de animais de estimação. Neste projeto existe a proposta de que na ausência de um acordo, a guarda seja compartilhada ocorra da forma que a Vara da Família determinar. Este Projeto de Lei também estabelece que as despesas do pet também devem ser divididas de forma justa para ambas as partes.

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Guarda Compartilhada Canina

Até a PL ser aprovada, como funciona?

Hoje infelizmente não existe nenhuma Lei que regulamente esta situação, entretanto já é possível recorrer à Vara de Família quando não há um acordo entre o casal. Para tomar uma decisão o juiz precisa levar em conta toda a questão de apego e afeto do cachorro para então conseguir definir uma guarda compartilhada e estabelecer o tempo que cada um poderá ficar com o cachorro de acordo com a disponibilidade dos tutores. Neste caso o juiz também definirá a divisão de despesas para que a situação seja justa para todos.

Por que a guarda compartilhada é importante?

Pois bem, como já sabemos a rotina é algo vital para um cachorro que precisa de estabilidade emocional para poder crescer feliz e saudável. Claramente eles criam fortes vínculos com seus tutores e quando um deles simplesmente desaparece, existem graves consequências para o seu psicológico. Logo, a guarda compartilhada não veio apenas para ajudar os tutores, na verdade ela existe justamente para que o cachorro não sinta tanto os efeitos da distância.

A ausência de um ente querido na rotina do cachorro pode acabar gerando mudanças de personalidade, problemas como ansiedade, depressão e até mesmo agressividade, excesso de tempo dormindo, falta de apetite e outros problemas relacionados a este sofrimento. Caso você esteja passando por isso com seu filho de quatro patas, por favor leve-o ao veterinário o mais rápido possível para que você consiga ajuda-lo a amenizar os sintomas destas crises de ansiedade.

Como se adaptar a nova rotina de Guarda Compartilhada

É comum que seu cachorro estranhe bastante o novo arranjo que você e seu ex terão. Afinal, ele não verá mais vocês dois juntos convivendo nem ficará sempre na mesma casa. É preciso ter bastante atenção a esta fase de adaptação para que o cão sinta o mínimo possível. Para isso, ambos os tutores precisarão trabalhar em equipe para garantir que este não seja um processo traumático. Veja algumas dicas importantes que devem ser seguidas para que tudo saia tranquilo e perfeito:

– Combinem de continuar consultando o mesmo veterinário de sempre para ajuda-lo a se sentir seguro sem mais esta mudança;

– Ofereçam sempre a mesma ração para evitar que hajam problemas de digestão ou até mesmo gástricos;

– Sigam os mesmos horários e rotina independente da casa em que o doguinho estiver. Alimente-o sempre no mesmo horário, leve para passear da mesma forma e com a mesma frequência, etc;

– Mantenha-o também com os mesmos acessórios, se possível. Leve a caminha, os brinquedos favoritos, as cobertinhas e demais objetos para que ele se sinta feliz e seguro onde quer que vá.

Como funciona a guarda compartilhada canina? 2

Além dessas dicas, lembre-se de dar uma atenção especial ao cachorro durante esta fase. Jamais briguem na frente dele, hajam naturalmente nos momentos de buscar e trazer o cachorríneo, brinquem com ele e estejam ali para que ele se sinta feliz e seguro. Para garantir uma boa convivência, lembrem-se de sempre tomar as decisões juntos para troca de ração, início de medicação e muito mais. Também sempre troquem informações sobre qualquer mudança de comportamento que o cãozinho apresentar para evitar que possíveis problemas de saúde sejam negligenciados.

Aposte no enriquecimento ambiental em ambas as casas para evitar comportamentos destrutivos e também ansiosos, evite deixa-lo sozinho por muito tempo logo após a mudança e defina uma rotina de compartilhamento da guarda que possua certa estabilidade, afinal sair e voltar para casa pode ser um processo bem estressante. Ao ver qualquer alteração, vá conversar com seu veterinário de confiança para descobrir como fazer seu cachorro se sentir feliz e seguro novamente.

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