Muitos procedimentos que existem para seres humanos já são também executados em cachorros e gatos também. Entretanto, será que a inseminação artificial está entre eles? Vamos descobrir!

Não só existe como se tornou uma ferramenta muito importante para os milhares de criadores de animais de raça ao redor do mundo. Isto porque através da inseminação artificial canina é possível criar uma gestação com material genético puro, assim superando limitações como tempo e espaço. Como assim? Simples, um macho exemplar que tenha o físico e qualidades que o criador deseja pode enviar seu material genético de qualquer parte do mundo para a fêmea que o aguarda.

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Além disso, com um material recebido é possível inseminar inúmeras fêmeas, o que seria impossível fisicamente através do acasalamento. Este também é um método útil para animais que não conseguem mais praticar o coito devido a algum machucado ou trauma. Outro fator interessante é que o sêmen pode ser armazenado congelado para ser utilizado anos e anos depois, tornando possível uma cruza entre uma cadelinha jovem e um cão idoso, por exemplo, já que é possível esperar o tempo correto para a pequena cadela.

Quando foi criada a inseminação artificial canina?

A inseminação artificial canina foi descrita pela primeira vez em meados do século XVIII, porém a popularização da técnica só ocorreu mais recentemente. Atualmente, o método utilizado é bastante simples e pode ser realizado não apenas por criadores profissionais como também por proprietários particulares em clínicas veterinárias. Além disso, por mais que seja recente a popularização da prática canina, ela já é realizada em bovinos e equinos há muito tempo.

Infelizmente, a taxa de sucesso de uma inseminação artificial canina não é muito alta devido a algumas instabilidades no material genético após congelado ou resfriado. Entretanto, o tempo e regularidade está fazendo com que os criadores aprendam mais e consigam aumentar os resultados positivos aos poucos. O papel deste procedimento tem sido muito importante também para animais cuja anatomia dificulta as relações, são eles o bulldog inglês, bulldog francês, pug e norfolk terrier.

Motivos para optar pelo procedimento

– Animais com grande diferença de tamanho e peso;

– Não aceitação do casal de cachorros;

– Distância geográfica;

– Canil muito grande;

– Falta de libido;

– Anatomia da raça.

Como é feito o congelamento do material genético?

O primeiro passo após a coleta do sêmen é o congelamento através do uso de recipientes de nitrogênio líquido que permitem a preservação do material genético por anos e anos. Desta forma, fêmeas podem ser fertilizadas por machos que já tenham até mesmo falecido. Caso seja necessária a cruza entre animais muito distantes, esta também se torna uma opção barata quando comparada a tradicional.

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Informações importantes

É comum ter muitas dúvidas sobre o assunto e aqui vamos tentar esclarecer algumas delas. A primeira é o fato de que a inseminação artificial não irá aumentar ou diminuir a quantidade de filhotes por gestação, isso quem define são os óvulos liberados pela fêmea. Além disso, ter realizado o procedimento não significa que o parto deverá ser cesariana, na verdade a maioria das raças irá realizar o pré-natal e após exames será definido o tipo de parto. Apenas animais braquicefálicos em geral precisam sempre de cesariana.

Caso seja realizada a citologia vaginal e dosagem de progesterona, a chance de inseminação resultar em prenhez é de 90%. Além disso, você aumenta o bem estar dos animais ao não sujeita-los a cruza ‘obrigatória’ que pode causar muito estresse em caso de recusa. Também é útil para criadores que desejam purificar as raças e deixa-las com aspectos físicos do seu desejo.

É de suma importância que você consulte seu veterinário de confiança antes de tentar realizar este procedimento. Pode parecer simples e fácil, porém você pode causar sérios danos aos seus cachorros caso não saiba o que está fazendo. Tenha responsabilidade e lembre-se que você está lidando com vidas, não com objetos.

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