Nós, tutores, somos simplesmente apaixonados por nossos amigos de quatro patas. Porém, será que este amor todo pode ter relação com nossa estrutura genética? É isso que afirma um estudo sueco.

Um grupo de pesquisadores britânicos e suecos se uniram na Universidade de Uppsala, Suécia, para realizar um estudo onde analisaram 35.035 pares de gêmeos, nesta pesquisa foi possível perceber um fator genético que pode ter relação com ter cachorros como animais de estimação. É muito comum gêmeos participarem deste tipo de estudo para que sejam descobertos fatos influenciadores que existem no ambiente ou nos genes hereditários e sua relação com o comportamento.

Na Suécia todos os dados relacionados aos nascidos são guardados, existindo inclusive um Registro de Gêmeos da Suécia onde os números contabilizados foram associados ao número de tutores de cães existentes no país graças ao registro do Conselho Sueco de Agricultura. Através desta relação foi descoberto que é muito mais comum que gêmeos idênticos tenham cães do que gêmeos fraternos, além disso há um maior número de mulheres sendo tutoras (57%) do que homens, assim demonstrando que os genes realmente existem.

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Estudo pioneiro na área genética

Este é um estudo pioneiro e, infelizmente, não conseguiu definir quais são os genes responsáveis pelo fenômeno, porém é o início de um caminho para diversos outros pesquisadores se aprofundarem.

genética

“Ele pelo menos demonstra que o ambiente e a genética são igualmente importantes na decisão de adotar ou não um cachorro. Agora, o próximo passo é determinar quais são as variantes genéticas para esta decisão e como elas se relacionam com traços de personalidade e outros fatores, como alergias”, disse o chefe do Registro de Gêmeos da Suécia Patrik Magnusson.

A co-autora da pesquisa Carri Westgarth está orgulhosa e diz que o projeto é muito importante devido a apresentação de uma justificativa genética para os benefícios que os cachorros podem trazer para a saúde. Já o também co-autor da pesquisa Keith Dobney afirma que assim é possível compreender historicamente a domesticação dos cachorros, assim refazendo todo nosso caminho histórico até aqui.

“Décadas de pesquisas arqueológicas nos ajudaram a entender quando e onde os cachorros entraram no mundo humano, mas as informações genéticas modernas e antigas podem nos ajudar a explorar o como e o porquê”, explicou.

Reflexão sobre o fato

Já imaginou se quando você nasce, já é predestinado geneticamente a não apenas gostar como a ser tutor de um cachorro? Parou para pensar em como esta descoberta pode se relacionar com o que chamamos de ‘missão de vida’? Tenho certeza que após esta descoberta certamente você olhará para o seu companheiro peludo de outra forma. Gostou da descoberta? Então deixe nos comentários sua opinião!