O Setter Irlandês, também conhecido como Setter Irlandês Ruivo, é uma das raças mais bonitas que existe, sendo muito admirada por seus criadores devido a sua belíssima pelagem e porte elegante. Entretanto, você conhece mais sobre ele e sua história? Vamos descobrir!
Origem do Setter Irlandês
O Setter Irlandês é um descendente do Setter Irlandês Ruivo e Branco, uma raça que hoje é pouquíssimo conhecida sendo substituída na mente de todos pelo Setter Irlandês ruivo devido a sua imensa popularidade. Até o século XVIII seu ancestral era utilizado como cão de caça de aves na Irlanda como seu próprio nome já anuncia. Entretanto, a produção do Setter Irlandês como conhecemos hoje só iniciou no século XIX quando eles eram utilizados exclusivamente para caça. Foi um período muito cruel pois caso um filhote nascesse sem as características desejadas, ele era sacrificado.
Em 1862 nasceu um cão diferente desta raça, sua cabeça era mais alongada e tinha constituição mais delicada que os demais e, como era de praxe, seu sacrifício foi marcado. Entretanto, outro criador acabou se apaixonando por ele e o salvou, dando-lhe o nome de Champion Palmerston e o tornando uma grande sensação das exposições da época. Seus descendentes se tornaram extremamente desejados, se tornando todos cães de exposição e competição. Graças a este criador, hoje os Setters Irlandeses vagam pelo mundo tendo todos um único ancestral em comum: aquele belo cãozinho que foi salvo do afogamento.
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Durante o século XX alguns criadores apaixonados pela raça tentaram recriar o Setter Irlandês original e acabaram trazendo a vida um cão um pouco menor, compacto e de pelo curto, porém a variedade não conquistou muitos criadores e foi descontinuada. Hoje, no século XXI, quando se fala em Setter Irlandês se pensa na variedade atual, fazendo com que seu ancestral desaparecesse. Quem diria, não é mesmo?
Personalidade
De forma geral esta é uma raça muito alegre, independente, sociável e curiosa. São muito inteligentes e dóceis, porém seu instinto caçador não ficou para trás. Sua socialização é fácil de ser realizada, se acostumando facilmente tanto com adultos quanto com crianças e outros animais também sendo que agressão não faz parte de sua lista de características. Logo, são os animais de estimação para famílias que estão crescendo. Porém, vale ressaltar que é de suma importância realizar a socialização ainda na primeira infância para evitar que comportamentos perigosos se desenvolvam devido a seu instinto natural de caçador.
Quando bem educado, se torna uma raça maravilhosa para se ter como companheira. Outra informação importante é que o Setter Irlandês é muito ativo e precisa de grande quantidade de exercício físico diário, se frustrando com facilidade e desenvolvendo hábitos destrutivos caso não tenham esses exercícios diariamente. Eles também gostam de espaços abertos e de ar livre, assim não se adaptando muito bem a vida em apartamentos.
Cuidados e saúde
Esta é uma raça que exige certos cuidados com seu físico, sua pelagem sedosa precisa ser escovada pelo menos uma vez ao dia para se manter assim, além disso os banhos não devem ser dados com grande frequência, ocorrendo apenas diante de necessidade. Sobre exercício físico, precisam de muito e apenas um passeio curto com coleira não basta. É preciso leva-lo para um espaço onde possa correr de forma livre e com segurança, de preferência protegido por um cercado. Procure amizades para seu cão de forma que ele possa correr e brincar acompanhado, assim gastando sua energia.
Esta é uma raça que precisa de grande atenção e muita companhia. Mesmo sendo muito independentes, precisam estar na companhia de sua família para se sentirem felizes e completos. Por isso, caso deseje tê-lo é preciso manter seu acesso à casa e a família assim como não deixa-lo por muito tempo sozinho. Ele não se adapta bem a quintais pequenos ou apartamentos, sendo preferível cria-lo em zona rural ou em uma casa com um grande quintal para que possa correr e se divertir.
Sobre sua saúde, devido a sua criação artificial algumas doenças hereditárias e genéticas se apresentam com frequência, sendo as mais comuns a atrofia progressiva da retina, a displasia de quadril e a torção gástrica. Já em menor chance, porém também possível, estão a epilepsia, hemofilia A, parosteíte e osteofistrofia fibrosa.
